Convite

Convido a todos que participem do blog, dando sugestões e comentários.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Biografia Antonio de Pádua Barreto Carvalho

Antonio Barreto (Antonio de Pádua Barreto Carvalho) nasceu em Passos (MG) em 13 de junho de 1954. Reside em Belo Horizonte desde 1973. Morou também em algumas cidades do Oriente Médio, onde trabalhou como projetista de Engenharia Civil, na construção de estradas, pontes e ferrovias. Tem vários prêmios nacionais e internacionais de literatura, para obras inéditas e publicadas, nos gêneros: poesia, conto, romance e literatura infanto-juvenil. Entre eles: Prêmio Jabuti (Câmara Brasileira do Livro - três  vezes, oito vezes indicado), Bolsa Vitae de Literatura, Prêmio Remington, Bienal Nestlé de Literatura, Prêmio Minas de Cultura, Prêmio Nacional de Contos do Paraná, Prêmio “Guimarães Rosa” de romance, Prêmio “Emílio Moura” de poesia, Prêmio “Cidade de Belo Horizonte” - poesia e contos, Prêmio “João-de-Barro” de literatura infantil e juvenil , Prêmio “Carlos Drummond de Andrade” e “Manuel Bandeira” de poesia, UBE (SP), UBE (PE), UBE(RJ); Prêmio “Henriqueta Lisboa”, Prêmio “Petrobrás” de Literatura, Prêmio Nacional de Literatura/UFMG, Prêmio Bienal do Livro de BH, Prêmio Bienal Internacional do Livro de SP, Prêmios de “Leitura Altamente Recomendável” para crianças e jovens/FNLIJ-RJ, Prêmio “Tereza Martin” de Literatura, Prêmio Internacional da Paz/Poesia (ONU), Prêmio “Ezra Jack Keats” da Unesco/Unicef (EUA), Prêmios/ Obras/Catálogo do IBBY (Unesco) e Prêmios/Obras/Catálogos Bienais Internacionais do Livro de Bratislava, Barcelona, Bolonha, Frankfurt e Cidade do México. Participa também de várias antologias nacionais e estrangeiras de poesia e contos. Foi redator do Suplemento Literário do Minas Gerais, articulista e cronista do jornal Estado de Minas e da revista “Morada” (BH). Colabora com textos críticos, poemas e artigos de opinião para “El Clarín” (Buenos Aires), “Ror” (Barcelona); “Zidcht” (Frankfurt), “Somam” (Bruxelas); ” : e outros periódicos. Atualmente coordena a Coleção “Para Ler o Mundo”, da Formato Editori.



Principais obras publicadas:



·      Poesia: O sono provisório (Francisco Alves, 78); Vastafala (Scipione, 88).
·    Contos: Os ambulacros das holotúrias/Reflexões de um caramujo (UFMG, 90/93).
·      Romance: A barca dos amantes (Lê, 90); A guerra dos parafusos (José Olympio, 93).
·      Infantis e Juvenis: Lua no varal e Isca de pássaro é peixe na gaiola (Miguilim, 87, 89); A noite é um circo sem lona (Record, 87); Livro das simpatias(RHJ, 90); Bombeiros do sol, com Graça Sette (José Olympio, 97); Brincadeiras de anjo, Tem um avião lá fora, O velho pássaro da lua e Balada do primeiro amor (FTD, 87, 87, 96, 97).
·      Crônicas: Transversais do Mundo (Lê, 99)

·       A sair: Zoonário (Mercuryo, 01), O menino que não sonhava só (Mercuryo, 01).


terça-feira, 18 de junho de 2013

Meu Primeiro Beijo Antonio Barreto

Antonio Barreto

É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...

Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:

"Você é a glicose do meu metabolismo.

Te amo muito!

Paracelso"

E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher... E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.

No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, 
veio com o seguinte papo:

- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.

Mas ele continuou:

- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:

- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...

Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns 
segundos.

E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por várias semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.

Extraído de http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430

Situação de aprendizagem com o texto "O Beijo".

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Pensamentos

“Todas as maravilhas que você precisa estão dentro de você.” (Thomas Browne)
 
“Só aqueles que tem paciência para as coisas simples com perfeição é que irão adquirir habilidade para fazer coisas difíceis com facilidade.” (Johann Christoph Von Schilles)

Aprendizado

     Nesta caminhada árdua do magistério, muitas vezes temos oportunidades de nos sentirmos felizes e realizados, sentindo que vale a pena acreditar que podemos oferecer uma Educação de qualidade para os nossos alunos, que eles tem uma bagagem enorme de conhecimentos para serem explorados, basta acreditar.
    Eu mesma  durante esta trajetória realizei vários projetos que me deixaram muito feliz e realizada, citar alguns que marcaram e deixam saudades até hoje, turmas que já se formaram e que realizaram projetos maravilhosos comigo.
    Os próprios alunos com o meu auxílio fizeram uma adaptação da Peça a Bela e a Fera, através da leitura e Escrita, eles fizeram o  roteiro , as falas dos personagens cenário, figurinos.Foram muitos ensaios quatro meses de luta, correções, ajustes,mas o resultado foi surpreendente , os alunos apresentaram no próprio teatro da escola e também na Diretoria de Ensino Norte 2 , foi um sucesso.
    Participei também do Projeto “Ler é Bom Experimente!” autor Laé de Souza. Neste projeto pude trabalhar com a leitura e escrita dos alunos, que se empenharam e fizeram Crônicas maravilhosas sobre o cotidiano deles, inclusive uma das Crônicas foi escolhida para compor o livro do autor “As 50 Melhores Crônicas do Ler é Bom Experimente!”.
    A obra continha os textos produzidos pelos alunos que vieram de várias regiões do Brasil, selecionadas por concurso para a obra. Além das crônicas do próprio Autor, tinha também as de Luis Fernando Veríssimo, com encantamento, sutileza, humor e finais surpreendentes.
    O melhor de tudo, foi a Crônica de uma aluna ter sido escolhida para compor o lançamento das 50 Melhores Crônicas, o título da Crônica era Coragem de Optar Pela Arte 2 na Bienal do Livro em 2010, foi muito gratificante estar lá, resultado de um trabalho que enriqueceu as aulas e fez toda a diferença.

O Primeiro Beijo (Antonio Barreto)

O texto pode ser trabalhado nas séries do 6º ao 9º ano. Uma Situação de Aprendizagem em que os alunos podem aprender muito, pois está relacionada com o cotidiano deles, o que eles vivenciam no ambiente escolar, não só pelo fato de ser o primeiro beijo, mas pelo tema interagir com o momento e o início da pré-adolescência.

O texto pode ser trabalhado de diferentes formas, primeiro que a maioria, já tem um conhecimento prévio sobre o tema podem não ter beijado, mas já ouviram falar, já leram sobre o assunto em livros , revistas , filmes, na internet etc.

O Meu Primeiro Beijo - filme americano de 1991 dirigido por Howard Zieff

No 6º e 7º anos pode ser trabalhado como uma Narrativa Ficcional ou não, no 8º e 9º anos artigo de opinião, em ambos podemos trabalhar com o uso do dicionário para as palavras desconhecidas.  As figuras de linguagem, o que elas representam dentro do texto.Podemos também trabalhar com a intertextualidade , músicas como o “O Beijo” (Negritude Junior), episódios “Malhação”, e “Confissões de Adolescentes”.


A forma como o texto foi escrito, o uso das reticências, e por fim uma discussão Oral sobre o que é o” Beijo” parte física, química e emocional interagindo com outras disciplinas.

Eu já trabalhei  há alguns anos com as 5ª séries, um texto com o mesmo título “O Primeiro Beijo” do Autor Edson Gabriel Garcia. Cochichos e Sussurros, São Paulo, Atual pg. 42-44. Este falava sobre a página de um Diário em que uma garota aguardava ansiosamente em uma Festa de Aniversário pelo primeiro beijo, que não aconteceu, porque a mãe da aniversariante interrompeu e deu uma chamada nos dois.

Um texto muito interessante, um dos focos é que os alunos ficam durante toda leitura na expectativa, mas o beijo não acontece porque a mãe da aniversariante interrompe.
 No texto o foco fica entre o leitor e o texto, há uma interação entre eles, na qual as práticas de linguagem são elementos importantes de aprendizagem, uma das atividades que podem ser propostas é a criação de um texto com diálogos, ou a elaboração da página de um diário na qual eles poderiam relatar sobre a experiência deles.
 Acho interessante fazer uma comparação com os dois textos.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Mais um assunto discutido em nosso curso de formação: Melhor Gestão, Melhor ensino da Rede Estadual de Educação, DE-Norte 2

"O aluno precisa falar sobre o que lê e escreve, e  perceber que a leitura e a escrita não servem apenas para que o professor o avalie"

Discutindo o tema acima, penso que:
Pelo tempo que eu tenho de sala de aula, já fiz de tudo um pouquinho. Desde sempre, iniciei meu ano letivo, solicitando aos alunos que escrevessem sobre eles, com a devolutiva apenas com comentários, nada de correção oficial, isto facilita com que o aluno escreva mais e confiante e dessa maneira, podemos também avaliar o verdadeiro estudante que temos pela nossa caminhada anual.

Fiz sempre  em todas as escolas que lecionei, e não foram poucas, desde particular, estadual ou municipal e houve épocas em que tive jornada tripla, mas isso nunca mudou meu modo de planejar a aula, de maneira que sentisse de fato, meu aluno e suas necessidades mais básicas, que é a de falar quando escreve e saber que será ouvido, isto é, lido. Isso sempre fez a diferença em minha jornada de educadora!  

Assim começou tudo...

"Você é aquilo que ninguém vê.Uma coleção de histórias, estórias, memórias, dores, delícias, pecados, bondades, tragédias,sucessos, sentimentos e pensamentos.Se definir é se limitar.Você é um eterno parênteses em aberto, enquanto sua eternidade durar." Machado de Assis 
Esmeralda, nome de uma pedra preciosa, sim, uma preciosidade em minha vida, só que em forma de Gente, minha avó e educadora, me alfabetizou com sua educação cotidiana, mas que até hoje deixa rastros em mim, na minha formação e de minhas filhas, pois tentei seguir o exemplo dela.
Foi com essa pessoa maravilhosa e que está em outro plano, que conheci a folha do cadernos e as primeiras letras. Com ela também aprendi a escrever palavras essenciais de uma família, mesmo sem tê-la.
Não fui ao Pré e sim, direto à 1ªsérie, sabendo ler e escrever frases curtas, graças a minha eterna professora da vida.Depois dela, fui abençoada por outra professora, D.Édila, que me ensinou a trilhar o caminho do abecedário, de maneira que eu nunca mais esquecesse e sentisse a vontade de transmitir tudo o que me foi ensinado.
Crescendo, foi aumentando minha vontade de ler e por sorte tive uma prima que lia muito e me emprestava os livros, comecei por Maria José Dupré e caminhei à coleção de Jorge Amado, pasmem, aos 08 anos, idade de ler Monteiro Lobato, eu lia Capitães de Areia, talvez seja esse o motivo de  ser um "E.T" até os dias de hoje.
Lendo os depoimentos dos autores sugeridos, me deparo com Rubem Alves  e Anna Verônica Mautner, com os quais muito me identifiquei. E acredito que o prazer pela leitura abre horizontes e por mais árduo que seja o caminho de convencer o jovem a ler, vale a pena dizer que sou educadora e amo o que faço, pois cada aluno meu leu algo que indiquei e plantei a semantinha em uma das filhas, que hoje, lê mais do que eu e honra nossa profissão de leitora e escritora.

Complementando...

Ah, lembrando... em tempo, adoro viajar, para qualquer lugar, basta eu conhecer novas culturas, ideias e natureza!
Amo Literatura e Meio ambiente, por isso sou muito feliz em minha profissão.
Livro? É difícil, pois já li tantos e cada um me deixou um gostinho diferente.
Adoro Teatro e apresentações de músicas (MPB), sempre que posso, estou em um deles...me distrai e me atrai. 

Quem sou eu?

Olá, sou a Shirley, prô de Português e gestora ambiental, apaixonada pela vida e pela Natureza! Acredito que tudo pode ser transformado para melhor e sempre acredito que há uma luz no fim do túnel, seja qual for a pedra no caminho!
Amo Literatura, Drummond, Clarice e Machado de Assis!
Apoio os jovens em seus sonhos e sou revolucionária para tudo que se refere ao Bem da Humanidade!
Tenho muitos contatos de ex alunos e adoro manter nossa amizade sempre em foco!
Acredito que a internet veio para não deixar que nos afastemos dos que permanecem conectados ao mundo!

Seja bem vindo ao nosso Blog!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Determinação

"O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência, em se chegar a um objetivo mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis"

José de Alencar    .

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Caminhos da aprendizagem

     Eu tenho boas recordações da minha infância, pois gostava muito de ler gibis, adorava histórias em quadrinhos, principalmente revistas da turma da Mônica, depois fui crescendo e comecei a gostar de ler a revista Capricho. Na escola o livro que marcou a minha adolescência foi a Escrava Isaura, o professor pediu para que lêssemos e fizessemos uma encenação, sobre o que escravidão representou naquela época.
     Gostava também de escrever cartas, tinha uma tia que era de Salvador e morava em São Paulo, ela sempre me pedia para escrever aos seus familiares que moravam lá, contando como era a vida aqui, era muito bom, depois que eu escrevia ela pedia para que eu lesse para que ela pudesse ver se eu não tinha esquecido nada. É muito bom poder recordar esses momentos.